Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Simplesmente Igreja para Discipular

SIMPLESMENTE IGREJA PARA DISCIPULAR
mensagem pregada pelo Pr. Celso Martinez na quinta noite do 28º aniversário da Memorial
Texto Bíblico: Lucas 14:25-35
Discipulado é como a escada de Jacó: começa na terra e só termina no céu. Não é modismo. É estilo de vida. Não é enfiar a cabeça no buraco da religião. Ser discípulo não é alienação mórbida. Não é submeter-se a ignorância. Não é aniquilamento intelectual.
O discípulo é alguém que aprende com a dinâmica da vida de Cristo. Ser discípulo é buscar ser igual a Jesus. É um projeto de vida. Os valores do reino de Deus estão em oposição com os valores deste mundo. É abraçar um estilo de vida revolucionário.
Discipulado é mais do que pertencer a uma igreja; é mais do que levantar a mão; é mais do que trabalhar na igreja. Podemos fazer isso tudo e não sermos discípulos de Cristo.
Jesus jamais teve qualquer preocupação em que as pessoas o seguissem sem uma compreensão clara do que implica ser DISCÍPULO. Embora uma multidão o seguisse o Senhor os exorta acerca do verdadeiro discipulado, ou do que significa ser discípulo de Cristo.
Discípulo é seguidor. Palavra que aparece 30 vezes no Novo Testamento. Nem todos que seguem o Senhor Jesus são discípulos verdadeiros.  O convite ao discipulado é irrestrito, porém tornar-se discípulo é algo que restringe, isto é, há necessidade de adequação, de ajuste ao padrão estabelecido pelo Senhor Jesus.
A ênfase de Jesus é que, se algumas condições não forem cumpridas, ninguém pode ser seu discípulo. Por 3 vezes o Senhor diz: “…não pode ser meu discípulo”. Ser discípulo é mais que pertencer a uma igreja. Na verdade, embora fazer parte de uma igreja seja importante, isto não define o discipulado. Tornar-se discípulo não é algo automático. É decisão que exige reflexão. É algo provocado. É algo desejado. ‘algo que exige determinação contínua.
1. Ninguém pode ser discípulo sem uma DECISÃO
“Se alguém vier a mim…” (Lucas 14:26a)
Ninguém pode ser coagido. O discípulo entende o que precisa fazer e faz. Não fica em cima do muro. Cristianismo não é para gente covarde. Não é para gente medrosa. Ser discípulo de Cristo exige coragem.
2. Ninguém pode ser discípulo sem COLOCAR JESUS ACIMAde qualquer relacionamento
“Se alguém vier a mim, e amar pai e mãe, mulher e filhos, irmãos e irmãs, e até a própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:26)
Não é brigar com a família, não é maltratar os pais, a esposa, o esposo, os filhos, por causa de Jesus. É ter a disposição de colocar Jesus acima de qualquer relacionamento. Acimo de tudo e de todos.
3. Ninguém pode ser discípulo sem disposição de CARREGAR A CRUZ
“Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:27)
Cruz simboliza sempre sofrimento. Era uma das formas mais atrozes de morrer. Foi Constantino quem aboliu essa forma de execução no inicio do sec. IV d.C. Tomar a cruz é caminhar com uma certidão de óbito no bolso. Quando o pecado vier, tiramos a certidão e dizemos: estou morto!
Cristianismo sem cruz é humanismo. O humanismo mata a igreja. Faz com que o homem seja mais importante do que Jesus. O humanismo relativiza a moral. Relativiza o pecado, faz o homem o centro de todas as coisas.
4. Ninguém pode ser discípulo de forma SUPERFICIAL
“Pois qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular as despesas, para ver se tem como acabá-la? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: este homem começou uma construção e não conseguiu terminá-la. Ou qual é o rei que, antes de entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro para consultar se com dez mil por ir de encontro ao que vem contra ele com vinte mil? Mas, pelo contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda emissários e pede condições de paz.” (Lucas 14:28-32)
O propósito das parábolas é de mostrar que discipulado não pode ser emocional. As decisões emocionais tendem a ser superficiais e passageiras. Não são refletidas nas suas consequências. São apenas sentidas, portanto passageiras.
A comparação com a construção de uma torre e um rei que vai a guerra ilustra a necessidade de comprometimento pensado. Muitos começam de forma animada mas desistem, pois não refletiram sobre as implicações de ser discípulo de Cisto.
5. Ninguém pode ser discípulo sem disposição de RENUNCIAR
“Assim, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui não pode ser meu discípulo.” (Lucas 15:33)
• A palavra traduzida por renúncia é “dizer adeus”, “despedir-se”.  Renunciar é diferente de tomar a cruz. Tomar a cruz é pegar algo que eu não gosto por amor ao Reino de Deus. Renunciar é abrir mão de algo que eu gosto por amor ao Reino de Deus.
A DIFERENÇA ENTRE O RELIGIOSO E O DISCÍPULO 
O religioso vai a igreja para adorar;
o discípulo adora em qualquer lugar.
O religioso espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.
O religioso luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.
O religioso se ganha; o discípulo se faz.
O religioso depende dos afagos de seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.
O religioso gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo.
O religioso entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.
O religioso cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.
O religioso precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.
O religioso espera que alguém lhe diga o que fazer; o discípulo está pronto para assumir responsabilidades.
O religioso reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
O religioso é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercer a sua fé.
O religioso exige que os outros o visitem; o discípulo visita.
O religioso busca na Palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.
O religioso pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.
O religioso vai a igreja para adorar; o discípulo adora em qualquer lugar.
O religioso pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.
Para o religioso, ter a habitação do Espírito Santo em si é sua meta; para o discípulo, é meio para alcançar a meta de ser testemunha viva de Cristo a toda criatura.
O religioso quer somar; o discípulo multiplicar.
Os religiosos foram transformados pelo mundo; os discípulos transformaram, transformam e transformarão o mundo.
Os religiosos esperam milagres; os discípulos os fazem.
O religioso idoso é problema para a igreja; o discípulo idoso é problema para o reino das trevas.
Os religiosos são fortes soldados defensores; os discípulos são invencíveis soldados invasores.
O religioso cuida das estacas de sua tenda; o discípulo desbrava e aumenta o seu território.
O religioso se habitua; o discípulo rompe com os velhos moldes.
O religioso sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.
A meta do religioso é ir para o Céu; a meta do discípulo é ganhar almas para povoar o Céu.
O religioso necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.
O religioso espera um avivamento; o discípulo é parte dele.
O religioso longe de sua congregação lamenta por não estar em seu ambiente; o discípulo cria um ambiente para formar uma congregação.
O religioso gosta de uma almofada; ao discípulo de carregar a cruz.
O religioso é membro; o discípulo é servo.
O religioso cai nas ciladas do diabo; o discípulo as supera e não se deixa confundir.
O religioso é espiga murcha; o discípulo é grão que gera espigas saudáveis.
O religioso responde talvez… o discípulo responde eis-me aqui.
O religioso espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.
O religioso é pastoreado como ovelha. O discípulo apascenta os cordeiros.
O religioso se retira quando incomodado; o discípulo ajuda os incomodados.
O religioso pede que os outros orem por ele; o discípulo ora pelos outros.
Os religiosos se reúnem para buscar a presença do Senhor; o discípulo carrega a Sua presença através do Espírito Santo.
O religioso quer ser santo para não pecar, o discípulo não peca porque é santo.
O religioso espera que alguém lhe interprete as escrituras; o discípulo conhece a voz de seu Senhor e testemunha dEle.
O religioso espera que o mundo melhore, o discípulo melhora o mundo.
O religioso pergunta: o que a igreja pode fazer por mim?
O discípulo pergunta: o que eu posso fazer pela igreja?
Quando Deus pede ao religioso que faça alguma coisa, ele diz: não tenho tempo, quando Deus pede ao discípulo ele diz: eis me aqui.
O religioso impressiona aos homens, o discípulo impressiona a Deus.
O religioso usa as pessoas para ter as coisas, o discípulo usa as coisas para ter as pessoas.
O religioso pede mais do que dá, o discípulo dá mais do que pede.
O religioso tem uma igreja, o discípulo uma família.
O religioso reza, o discípulo ora.
O religioso quer ter, o discípulo quer ser.
O religioso se preocupa com o exterior, o discípulo com o interior.
O religioso quer ter para dar, o discípulo quer dar para ter.
O religioso entrega o dízimo, o discípulo entrega a vida.
O religioso busca os melhores lugares, o discípulo busca ser melhor nos lugares.
O religioso quer ser servido, o discípulo quer servir.
O religioso quer ver o resultado para amar, o discípulo ama para ver o resultado.
Para o religioso toda oportunidade é uma dificuldade, para o discípulo toda dificuldade é uma oportunidade.
 

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