Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

O Desafio de Amar na Construção de Relacionamentos Saudáveis

Série de Mensagens – O DESAFIO DE AMAR
O Desafio de Amar na Construção de Relacionamentos Saudáveis | 03/04
mensagem pregada pelo Pr. Acyr Júnior
Texto Bíblico: Lucas 10.25-37
É verdade que estamos diante de um grande desafio: amar as pessoas e construir relacionamentos saudáveis com elas. Quem ama tem o desejo de construir relacionamentos saudáveis! Relacionamentos saudáveis geram pessoas saudáveis; pessoas saudáveis geram famílias saudáveis; famílias saudáveis geram igrejas saudáveis. É impossível você dizer que tem um relacionamento saudável com Deus se você não é capaz de ter um relacionamento saudável com as pessoas que estão à sua volta. Isso é uma mentira! O apóstolo João escreveu o seguinte:
“Se alguém diz: ‘eu amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê, se não amar o seu irmão, a quem vê. O mandamento que Cristo nos deu é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão.” (1ª João 4.20-21)
Relacionamentos saudáveis não permitem que você seja superficial com as pessoas. Relacionamentos saudáveis ligam os céus à terra. Relacionamentos saudáveis estabelecem uma atmosfera de céus abertos. Se você aceitou o desafio de amar, não desista! Não entre nesse desafio para perder. Eu creio que Deus fará de você um vencedor na difícil, mas não impossível, arte de amar!
Entenda que sua vida não pode ser um obstáculo, mas deve ser uma ponte por onde muitas pessoas passarão e serão salvas, curadas e restauradas para honra e glória do Senhor.
O texto que lemos revela o diagnóstico da nossa vida e, consequentemente, dos nossos relacionamentos interpessoais. Nele, podemos encontrar quatro leis que regem quaisquer tipos de relacionamentos. Vamos, então, analisar cada uma delas.
No desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis…
1. Não devo fazer uso da LEI DA SELVA
“Em resposta, disse Jesus: um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram, deixando-o quase morto.” (Lucas 10.30)
Que lei é essa? Essa é a lei que para alguns sobreviverem outros terão de morrer. É a lei do mais forte, dos truques, das armadilhas, da religiosidade. É a lei que diz que pra eu ganhar, alguém terá que perder. Não importa quem esteja do outro lado, ele sempre será parte da sua cadeia alimentar. É a lei do egoísmo, do orgulho, da soberba. É a lei daqueles que passam por cima dos outros de qualquer jeito e a qualquer custo.
Caim foi alguém que viveu norteado pela lei da selva. Movido pela inveja e pela não aceitação da correção de Deus para sua vida, Caim armou uma cilada para o seu irmão e o matou. Quantas ciladas você já armou para as pessoas que estão ao seu redor? Os irmãos de José, da mesma forma, estavam com seus corações cheios de inveja e de rancor contra seu irmão por causa de um favorecimento do seu pai. Então, armaram um plano, venderam seu irmão e o consideraram como morto.
Muitos relacionamentos estão quebrados, rompidos, destruídos, porque muitas pessoas têm se deixado ser dirigidos pela lei da selva, onde o que vale é aquilo que me favorece, independente se outros vão sofrer ou não. Porém, se eu quero sair vencedor no desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis, não poderei mais viver dirigido pela lei da selva, onde impera o egoísmo, o individualismo, o orgulho e a ambição.
No desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis…
2. Não devo fazer uso da LEI DA DESCASUALIDADE
“Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado.” (Lucas 10.31)
Que lei é essa? Essa é a lei do menor esforço. O pecado, nessa lei, não é fazer o mal, mas deixar de fazer o bem. É a lei da acomodação, da indolência, da preguiça. É a lei da zona de conforto. É a lei daquele que não se importa, daquele que não se envolve. Essa lei regia a vida dos religiosos da época de Jesus e ainda rege a vida dos religiosos dos nossos dias. Sabiam tudo sobre a lei, oravam, cantavam, ofertavam, consagravam os seus dízimos, mas, para eles, o valor estava na forma e não nas pessoas.
Pouco importa para nós se alguém está sofrendo. Pouco importa para nós se alguém está enfermo. Pouco importa para nós se alguém perdeu um ente querido. Pouco importa para nós se alguém nos deixou. Fazemos muito pela forma e nada pelas pessoas. A diferença entre a nossa vida e os hospitais públicos do nosso país é que ainda zelamos por um prédio de fachada bonita, mas, na verdade, não temos médicos, não temos macas e nem medicamentos.
A religiosidade dos nossos dias pode roubar a visão que Deus tem para a nossa vida. Não permita que essa religiosidade cegue os seus olhos e tornem surdos seus ouvidos espirituais. Preciso entender que, se eu quero sair vencedor no desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis, não poderei mais viver dirigido pela lei da descasualidade, pois ela me coloca em uma zona de conforto onde o próximo deixa de ser o alvo da minha vida.
No desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis…
3. Não devo fazer uso da LEI DO MAU EXEMPLO
“E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou do outro lado.” (Lucas 10.32)
Que lei é essa? Essa é a lei que me faz pensar que se alguém faz algo errado eu também posso fazer. É a lei que faz com que as pessoas apoiem suas decisões erradas nos erros de alguém. As pessoas regidas por essa lei acreditam que os pecados dos outros justificam os seus próprios pecados. Os maiores representantes dessa lei são aqueles que sempre estão a criticar, a apontar o dedo, a acusar e a fugir das suas próprias responsabilidades.
Adão se deixou levar por essa lei. Quando Deus perguntou-lhe por que ele comeu do fruto que não deveria, Adão respondeu usando a lei do mau exemplo: foi a mulher que Tu me deste, Senhor!
Cuidado com pessoas que nunca erram, que sempre estão criticando, jogando a culpa nos outros e se justificando. Eles estão apenas fugindo das suas responsabilidades. E isso tem destruído muitos relacionamentos. Pessoas regidas pela lei do mau exemplo, não entendem os princípios de fidelidade e de lealdade. Não caia no enredo da lei do mau exemplo. Paulo, escrevendo ao jovem pastor Timóteo fala sobre a responsabilidade do bom exemplo, pois dele dependem os relacionamentos:
“Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.” (1ª Timóteo 4.12)
Se eu quero sair vencedor no desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis, não poderei mais viver dirigido pela lei do mau exemplo, onde meus erros são justificados nos erros dos outros e as minhas responsabilidades são deixadas de lado.
No desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis…
4. Devo sempre fazer uso da LEI DA COMPAIXÃO
“Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve compaixão dele. Aproximou-se, enfaixou-lhes as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe disse: cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver.” (Lucas 10.33-35)
É a lei do CHEGA PERTO, onde não somente as necessidades dos outros são vistas, mas são atendidas. É a lei que rege as pessoas que não suportam ver a miséria física, psíquica e espiritual das pessoas. Elas correm, se aproximam e cuidam delas. É a capacidade de remediar, de suprir necessidades, de levar as cargas uns dos outros. Isso só é possível acontecer através da lei da compaixão, porque essa é a lei de Jesus. Onde há compaixão, há respeito, valor, humildade, reciprocidade, perdão, reparação, renúncia, companheirismo e cuidado. Onde há compaixão, há relacionamentos saudáveis, e onde há relacionamentos saudáveis, há amor.
O samaritano não tinha todas as informações, mas com a pouca informação que tinha fez toda a diferença. Não podemos perder o coração de Deus pelas pessoas. Com o pouco que temos podemos fazer a diferença na vida de alguém. (cinco pães e dois peixinhos).
A lei da compaixão reconstrói muros, liberta os cativos, dá visão aos cegos, cura os leprosos, dá vida a novos começos! A lei da compaixão é o alicerce dos relacionamentos saudáveis. A compaixão permite-nos viver debaixo de céus abertos! Para sair vencedor no desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis, devo viver dirigido pela lei da compaixão, pois era a lei que dirigia a vida daquele que é o nosso maior exemplo: Jesus!
Conclusão:
No desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis, quem é você nesta parábola?

  • Os assaltantes, que vivem debaixo da lei da selva?
  • O sacerdote, que vive debaixo da lei da descasualidade?
  • O levita, que vive debaixo da lei do mau exemplo?
  • Ou o bom samaritano, que vive debaixo da lei da compaixão?

Se você não quer ficar a ver navios no Ano de Amar, tem que tomar uma decisão hoje de não ser mais a mesma pessoa, cujos relacionamentos interpessoais são doentios. Mude você, não tente mudar as pessoas à sua volta!
Tome a decisão de abandonar a lei da selva, onde impera o orgulho. Tome a decisão de abandonar a lei da descasualidade, onde você é o foco de tudo. Tome a decisão de abandonar a lei do mau exemplo, onde você fica se justificando o tempo todo. Abrace a lei da compaixão, que é a lei de Jesus, onde impera o respeito, o cuidado e o amor, e construa relacionamentos saudáveis.
Pare de olhar para o passado e comece a planejar o seu futuro. Não dá mais para mexer no passado, consertar o passado, revirar o passado. É preciso olhar para frente com as expectativas de que você vai conseguir amar construindo relacionamentos saudáveis. Hoje, Deus está encerrando um tempo na sua vida para começar um novo tempo que será bem melhor. Por isso, tome a decisão de se tornar um vencedor no desafio de amar construindo relacionamentos saudáveis!

 

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