Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Amizade Contagiante

AMIZADE CONTAGIANTE
mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Coelho Fernandes
“No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas suas mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus. Ele levou os utensílios para o templo do seu deus na terra de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu deus. Então o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza; jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios. O rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho da própria mesa do rei. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir o rei. Entre esses estavam alguns que vieram de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego. […] Então o rei Nabucodonosor caiu prostrado diante de Daniel, prestou-lhe honra e ordenou que lhe fosse apresentada uma oferta de cereal e incenso. O rei disse a Daniel: Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério. Então o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província.” (Daniel 1.1-7; 2.46-48)
Pense um pouquinho e faça uma rápida lista com os nomes dos seus principais amigos. Você vai se surpreender, pois descobrirá que muitos dos seus principais amigos ainda são “sem-igreja”, e isso é muito bom. Se somos amigos de Deus, a nossa amizade com as pessoas deve ter a influência do céu. A amizade que temos com Deus precisa contagiar as pessoas que fazem parte do nosso círculo de amizade.
Vejamos o caso de Daniel. Não era fácil ter uma amizade contagiante nos seus dias. A nação estava vivendo em completa desobediência a Deus. Por isso, Deus permitiu que a poderosa Babilônia invadisse Jerusalém e levasse o povo para o cativeiro. Daniel foi forçado a deixar a sua terra natal e ir morar em um país estranho. Chegando lá, ele não se isolou. Além de manter sua amizade com os amigos de Jerusalém, Daniel cultivou a amizade com pessoas que não conheciam o seu Deus. Sua amizade era contagiante por causa da sua amizade com Deus.
Devemos pensar que os nossos amigos “sem-igreja” também são alvos do amor de Deus e devem ser influenciados e contagiados por aquilo que já marcou drasticamente as nossas vidas: nossa amizade com o Senhor! Por isso, ao estabelecermos amizade contagiante com pessoas “sem-igreja”, precisamos compreender algumas verdades das quais não podemos abrir mão de jeito nenhum. Daniel foi bem-sucedido porque não abriu mão dessas verdades.
Então, como é possível tornar-se um amigo contagiante? O que precisamos fazer para que a nossa amizade contagie e leve os nossos amigos “sem-igreja” a conhecerem o amor de Deus?
Uma amizade contagiante…
1. Revela a IDENTIDADE de cristão
“Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles.” (Daniel 1.8)
Diversos jovens foram escolhidos para o treinamento especial na corte do rei da Babilônia. Entre eles, Daniel e seus três amigos. Por um lado, deviam estar assustados. Por outro, deviam sentir-se privilegiados. O rei, então, ordenou que ensinassem a eles a cultura dos caldeus e que comessem e bebessem das suas finas iguarias. Mas Daniel revela sua identidade de servo do Deus Altíssimo quando rejeita a comida do rei que para o judeu era considerada impura. Ele não deixou que a pressão das pessoas com quem convivia contaminasse a sua identidade de cristão. Ao invés de ser influenciado pela cultura daquele povo, Daniel, mesmo sendo jovem, influenciou as pessoas que estavam ao seu redor, pois havia decidido em seu coração não se contaminar com a comida do rei e nem com o vinho que ele bebia.
A verdade é que, muitas vezes, não conseguimos ganhar para Jesus um amigo porque não conseguimos revelar a nossa identidade de nova criatura. Qual é a identidade que a sua vida revela aos seus amigos, a identidade do céu ou a identidade da terra? Assim como Deus nos contagia com a sua amizade, precisamos contagiar os nossos amigos, revelando-os a identidade de nova criatura que temos em Jesus!

“As minhas amizades não podem comprometer a minha identidade cristã.”

Uma amizade contagiante…
2. Expressa FIDELIDADE a Deus
“Daniel disse então ao homem que o chefe dos oficiais tinha encarregado de cuidar de Daniel, Hananias, Misael e Azarias: peço-lhe que faça uma experiência com os seus servos durante dez dias: Não nos dê nada além de vegetais para comer e água para beber.” (Daniel 1.11-12)
Daniel não se preocupou em agradar aos outros, nem ao rei, nem ao chefe dos eunucos e nem aos seus novos companheiros. A prioridade de Daniel era agradar a Deus e isso se chama fidelidade! Daniel foi corajoso em sua decisão. Ele podia perder a grande oportunidade da sua vida. Porém, Daniel era um homem que não negociava com o pecado. Seu grande projeto de vida era honrar e agradar a Deus. Daniel foi desafiado a viver em meio a uma cultura pagã sem se corromper. Seus valores não eram os mesmos dos babilônicos. Sua conduta foi o seu maior referencial no meio de uma geração corrompida. Ele havia decidido não se tornar impuro e, mesmo enfrentando várias adversidades, soube manter-se fiel ao Senhor. Para Daniel o culto não era um ato que ele prestava apenas três vezes ao dia no quarto. Ele vivia em culto, honrando a Deus em todo o tempo.
Infelizmente em nossos dias tem prevalecido o chamado “dualismo” na mente de muitos servos de Deus. Muitos estão dividindo o universo entre o reino espiritual, que é bom e santo, e o reino físico, que é mau e profano. Para o dualista é possível ser um no contato com o sagrado e outro no contato com o que chamamos de secular.
Ao adotarem o dualismo os cristãos separaram o sagrado do secular, o domingo da segunda. Muitos se tornam “cristãos domingueiros” e abandonam o conceito de ser igreja na segunda-feira ou em qualquer lugar que estiverem durante a semana. Precisamos fugir da mentalidade dualista e buscarmos atender a expectativa de Jesus quando disse:
“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5.16)
Em todo tempo, assim como Daniel, devemos buscar honrar com fidelidade ao Senhor. A nossa fidelidade a Deus deve ser a nossa melhor pregação no meio de uma cultura corrompida.

“A fidelidade a Deus honra os céus e edifica as pessoas do nosso círculo de amizade.”

Escute – se a pessoa que é do seu círculo de amizade soubesse o quanto ela é abençoada quando você é fiel a Deus, ela nunca iria influenciar você para algo que não vale a pena. Por isso que o nosso grande projeto de vida deve ser honrar e agradar a Deus: isso é fidelidade. Quando conseguimos alcançar esse projeto de vida, contagiamos as pessoas que se relacionam conosco com a vida de Deus que emana de nós! Sabe por que seu amigo “sem-igreja” não aceita o seu convite para conhecer Jesus? Porque talvez a sua vida ainda não expresse fidelidade a Deus.

“As minhas amizades não podem comprometer a minha fidelidade a Deus.”

Uma amizade contagiante…
3. Possui um TESTEMUNHO irretocável
“O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir o rei.” (Daniel 1.19)
Daniel não perdeu de vista seu dever de cristão: testemunhar do seu Deus. Ele e seus três amigos testemunharam para o chefe dos eunucos, para o cozinheiro chefe, para os demais jovens que participavam do treinamento e para o rei. Esse testemunho foi tão forte que o rei não teve outra coisa a fazer senão dizer que a vida de Daniel e dos seus amigos era uma vida irretocável, irrepreensível, incomparável. Daniel e seus amigos não abriram mão da amizade com Deus e ainda conseguiram contagiar toda uma nação! Deus honrou a fidelidade de Daniel e deu-lhe muito mais inteligência, conhecimento e sabedoria. Por meio das decisões e atitudes de Daniel, todos puderam reconhecer o poder de Deus na sua vida.
O que os nossos amigos “sem-igreja” dizem a respeito da nossa vida? Será que o nosso testemunho de vida também é irretocável, irrepreensível? Talvez a falta de uma vida que glorifique a Deus seja o maior obstáculo que está impedindo o seu amigo de encontrar-se com Jesus! Uma vida contagiante precisa ter um testemunho contagiante.

“O meu comportamento junto às minhas amizades não pode comprometer meu testemunho como cristão.”

Uma amizade contagiante…
4. Aumenta o PODER de influência
“Então o rei Nabucodonosor caiu prostrado diante de Daniel, prestou-lhe honra e ordenou que lhe fosse apresentada uma oferta de cereal e incenso. O rei disse a Daniel: Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério. Então o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província.” (Daniel 2.46-48)
Daniel e seus três amigos foram examinados, aprovados e considerados dez vezes mais sábios que os outros. Como resultado, cada um dos quatro foi colocado em um alto cargo. Eles chegaram como escravos e foram promovidos a governadores.
Tudo isso aconteceu porque eles foram fiéis a Deus e o Senhor os honrou.

“Nosso papel é obedecer, o papel de Deus é nos promover.”

Eles foram promovidos pelo rei. Agora, eles estavam no palácio do rei da Babilônia, mas servindo ao Rei Eterno, o Deus Todo-Poderoso. Daniel tornou-se o Primeiro Ministro da Babilônia. Figurou entre os maiores do grande império. Não negociou valores, não vendeu sua consciência, não se corrompeu e nem envergonhou o nome de Deus. Por isso, Daniel tornou-se um homem de projeção e aumentou sua influência.
Quanto mais amizade com Deus, quanto mais proximidade com o Pai, mais poder de influência teremos em nosso relacionamento de amizade com os amigos “sem-igreja”, que logo se tornarão filhos espirituais! Quando você honra o Senhor com a sua vida, Ele o coloca em lugares altos, Ele projeta a sua vida, Ele o honra, porque sabe que você se tornará uma poderosa influência no meio do seu povo. Eu creio que muitos filhos espirituais nascerão a partir da posição em que Deus lhe colocar. Deus vai colocá-lo em outro nível para que muitas pessoas sejam alcançadas por meio da sua influência, fruto de um relacionamento de amizade com Ele.

“O poder da influência da terra não pode ser mais forte do que o poder da influência que vem do céu.”

Conclusão:
Esta semana é uma semana de desafios. O primeiro, é fazer da nossa vida um canal por onde a graça de Deus possa correr livremente. O segundo, é contagiar a vida de um amigo “sem-igreja”, levando-o à reunião da sua célula e trazendo-o no próximo domingo à noite. Mas não faça isso de qualquer jeito. Precisamos trabalhar intensamente para que o modo como opera a nossa amizade esteja repleto das coisas do céu. Isso só será possível se estabelecermos uma amizade sincera e profunda com Deus para que o fluir dessa amizade contagie os amigos que queremos alcançar para Jesus.
Uma amizade contagiante…
1. Revela a IDENTIDADE de cristão
2. Expressa FIDELIDADE a Deus
3. Possui um TESTEMUNHO irretocável
4. Aumenta o PODER de influência

 

Rolar para o topo