Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Como Enfrentar Tempos Difíceis? (12/07/2015 – noite)

COMO ENFRENTAR TEMPOS DIFÍCEIS?
mensagem pregada pelo Pr. Acyr Júnior
“Que desgraça a minha! Sou como quem colhe frutos de verão na respiga da vinha; não há nenhum cacho de uvas para provar, nenhum figo novo que eu tanto desejo. Os piedosos desapareceram do país; não há um justo sequer. Todos estão à espreita para derramar sangue; cada um caça seu irmão com uma armadilha. Com as mãos prontas para fazer o mal o governante exige presentes, o juiz aceita suborno, os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto. O melhor deles é como espinheiro, e o mais correto é pior que uma cerca de espinhos. Chegou o dia anunciado pelas suas sentinelas, o dia do castigo de Deus. Agora reinará a confusão entre eles. Não confie nos vizinhos; nem acredite nos amigos. Até com aquela que o abraça tenha cada um cuidado com o que diz. Pois o filho despreza o pai, a filha se rebela contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os seus próprios familiares. Mas, quanto a mim, ficarei atento ao Senhor, esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá. Não se alegre a minha inimiga com a minha desgraça. Embora eu tenha caído, eu me levantarei. Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz. Por eu ter pecado contra o Senhor, suportarei a sua ira até que ele apresente a minha defesa e estabeleça o meu direito. Ele me fará sair para a luz; contemplarei a sua justiça. Então a minha inimiga o verá e ficará coberta de vergonha, ela, que me disse: ‘onde está o Senhor, o seu Deus?’ Meus olhos verão a sua queda; ela será pisada como o barro das ruas. O dia da reconstrução dos seus muros chegará, o dia em que se ampliarão as suas fronteiras virá. Naquele dia virá a você gente desde a Assíria até o Egito, e desde o Egito até o Eufrates, de mar em mar e de montanha a montanha. Mas a terra será desolada por causa dos seus habitantes, em consequência de suas ações.” (Miqueias 7.1-13)
O profeta Miqueias está fechando as cortinas de sua profecia. Nessa última mensagem, ele descortina o coração, abre o cofre da alma e demonstra sua angústia ao ver a corrupção generalizada da sua nação. Ele não é insensível. Ele sente dores na alma ao ver que Jerusalém caminha como Sodoma para a destruição, porque não tem nela homens justos o suficiente para ser poupada.
Miqueias olha para a condição moral e espiritual do seu povo e solta um profundo gemido. Ele escancara sua alma e faz ecoar um grito de desespero. Miqueias, juntamente com seu povo, estava vivendo tempos difíceis. Havia apostasia generalizada, deslealdade generalizada, corrupção generalizada, degradação moral generalizada e um colapso generalizado das relações humanas e familiares. Parece que Miqueias está presente em nosso tempo, em nossa nação. A impressão que temos é que o profeta está descrevendo a atual situação em que se encontra a nossa nação. São tempos difíceis!
Nosso país está afundado em corrupção! O judiciário, o executivo e o legislativo estão atolados até o pescoço. Há uma banalização geral dos valores morais e dos princípios estabelecidos por Deus com relação à família. A crise financeira chegou. As empresas estão falindo, a taxa de desemprego está aumentando, a inflação está crescendo, nossa moeda está desvalorizando. A violência tem tomado proporções inimagináveis. Não há segurança, não há proteção. O medo, a angústia e o pavor tem tomado conta da população do nosso país. Práticas abomináveis têm se tornado cada vez mais comuns. Notícias sobre filhos que matam os pais, ou pais que matam os filhos, fazem parte do cotidiano do nosso jornalismo. Tempos difíceis!
A Palavra de Deus, através do profeta Miqueias, mostra a realidade dos nossos dias de maneira nua e crua. Estamos vivendo tempos difíceis e não podemos negar essa realidade. Porém, ao mesmo tempo em que o profeta apresenta a realidade dos tempos difíceis, ele levanta os olhos para o Senhor e encontra nele a esperança do perdão e da restauração. Miqueias olhou para a terra, e seu coração cobriu-se de desespero; ele olhou para o céu, e sua alma encheu-se de esperança.
Quando olhamos para a condição do povo de Deus, o desespero toma conta da nossa alma, mas quando olhamos para o Deus da aliança, para aquele que é rico em perdoar e tem prazer na misericórdia, então, podemos cantar um hino de louvor mesmo no vale sombrio do sofrimento e da dor.
O mais importante é que o profeta nos ensina que é possível enfrentar tempos difíceis e vencer. Suas palavras não falam apenas do seu desespero, mas, também, da sua confiança e esperança. Então, de acordo com o que a Bíblia ensina, como é possível combater os ventos contrários da vida? Como é possível enfrentar tempos difíceis?
Para enfrentar tempos difíceis…
1. OLHE para DEUS e não para as CIRCUNSTÂNCIAS
“Mas, quanto a mim, ficarei atento ao Senhor…” (Miqueias 7.7)
Em outra tradução, encontramos a seguinte expressão: “Eu, porém, olharei para o Senhor…”.
No vale mais sombrio das circunstâncias desesperadoras, Miqueias olhou para Deus e encontrou nele o porto seguro, o conforto, o consolo, o abrigo, o refúgio e a força para sua alma. Geazi olhou para apenas para os soldados da Síria e ficou com medo. Davi olhou para o ataque implacável dos amalequitas contra sua família e ficou angustiado. Pedro olhou para a força do medo e o barulho das ondas e começou a afundar.
Olhar apenas para as circunstâncias é encharcar nossa alma de medo. Enquanto Miqueias estava concentrado apenas nos problemas da sua nação, ficou desesperado. Mas, quando voltou seu olhar para o seu Deus, compreendeu que ele era poderoso para responder ao seu clamor e restaurar a sua sorte.
Para enfrentar tempos difíceis…
2. ESPERE em DEUS e não nas SOLUÇÕES HUMANAS
“Mas, quanto a mim, ficarei […] esperando em Deus, o meu Salvador, pois o meu Deus me ouvirá.” (Miqueias 7.7)
Miqueias não viu outra opção para enfrentar tempos difíceis a não ser esperar em Deus. Àquela altura do campeonato, não se podia esperar mais por soluções humanas. Os tempos difíceis chegaram pra você? Então Deus o convida, hoje, para olhar para ele e esperar nele, ainda que tudo à sua volta seja uma realidade de dor e sofrimento. Davi, diante de uma realidade de tempos difíceis, escreve um salmo de esperança no Senhor:
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei temor? O Senhor é o meu forte refúgio; de quem terei medo? […] Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido em sua habitação; no seu tabernáculo me esconderá e me porá em segurança. […] Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor.” (Salmo 27.1,5,14)
Em tempos difíceis, não coloque sua esperança em soluções humanas, clame ao Senhor e espere nele. O profeta Isaías descreve de forma perfeita a figura daqueles que esperam no Senhor:
“Mas os que esperam no Eterno renovam as suas forças. Abrem as asas e voam alto como águias, correm e não se cansam, andam e não ficam exaustos.” (Isaías 40.31, MSG)
Você pode enfrentar tempos difíceis esperando no Senhor, porque dele vem o poder para renovar a sua força e o fazer voar como águias, sobre as tempestades da vida. Você vai correr e não vai se cansar. Você vai andar e não vai ficar exausto. Espere no Senhor e nas soluções humanas.
Para enfrentar tempos difíceis…
3. CREIA no AGIR de DEUS e não na FORÇA do seu BRAÇO
“Embora eu tenha caído, eu me levantarei. Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz. Por eu ter pecado contra o Senhor, suportarei a sua ira até que ele apresente a minha defesa e estabeleça o meu direito. Ele me fará sair para a luz; contemplarei a sua justiça. […] O dia da reconstrução dos seus muros chegará, o dia em que se ampliarão as suas fronteiras virá.” (Miqueias 7.8-9,11)
Miqueias entende que a queda do povo não é fatal. Os filhos de Deus podem tropeçar e cair, mas eles não ficam caídos. Deus mesmo os levanta e os tira da escuridão para a sua luz. Ao crer no agir de Deus, Miqueias compreende que não precisa fazer justiça com suas próprias mãos, pois chegará o dia em que ele contemplará a sua justiça de Deus. E, numa visão profética, Miqueias contempla, pelos olhos da fé, o tempo quando Jerusalém seria reconstruída e seus limites seriam ampliados e as fronteiras de Israel alargadas.
Em tempos difíceis, queremos, em determinados momentos, agir pela força do nosso braço, fazer justiça com nossas próprias mãos. Porém, Deus nos convida a confiar, a crer que o seu agir será infinitamente melhor do que as nossas ações humanas. Quando cremos no agir de Deus, não permanecemos caídos, não andamos mais em escuridão, não precisamos fazer justiça à nossa maneira e nem precisamos mais andar sobre ruínas. Paulo, escrevendo aos coríntios, disse o seguinte:
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.” (2ª Coríntios 4.8,9)
Não há nada melhor do que, em tempos difíceis, crer que Deus está agindo, que ele está trabalhando, que ele está operando, que ele está se movendo em nosso favor, ainda que não percebamos!
Conclusão:
É possível que tenha pessoas entre nós vertendo lágrimas de tempos difíceis: problemas conjugais, problemas de relacionamento na família, o luto pela perda de um ente querido, a descoberta de uma grave enfermidade, o desemprego, a solidão, a depressão. É importante entendermos que os tempos difíceis sempre haverão de existir e, diante das notícias que recebemos todos os dias, eles se tornarão ainda mais difíceis.
Mas esta não é uma mensagem de desânimo e nem de medo. É uma mensagem de ânimo e coragem para enfrentar os tempos difíceis, pois o próprio Jesus disse que teríamos aflições neste mundo, mas que deveríamos ter bom ânimo diante delas.
Se você chegou aqui cansado, esgotado e sem esperança por causa dos dias difíceis que você tem enfrentado, Deus o convida a renovar as suas forças nele e crer que ele pode dar a você paz em meio à guerra e alegria no meio das provações.
Para enfrentar tempos difíceis…
1. OLHE para DEUS e não para as CIRCUNSTÂNCIAS
2. ESPERE em DEUS e não nas SOLUÇÕES HUMANAS
3. CREIA no AGIR de DEUS e não na FORÇA do seu BRAÇO
Um dia, os tempos difíceis acabarão. E sobre essa realidade, o apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes de Roma, disse o seguinte:
“Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.” (Romanos 8.18)
“Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro.” (Romanos 8.18, NTLH)
“Não penso que seja possível fazer uma só comparação entre os tempos difíceis de hoje e os bons tempos que virão.” (Romanos 8.18, MSG)

 

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