Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Curando a Falta de Intimidade pela Palavra (08/02/2015 – manhã)

SÉRIE: CURADOS PELA PALAVRA – 06/07
CURANDO A FALTA DE INTIMIDADE PELA PALAVRA
mensagem pregada pelo Pr. Vicente Bomfim
“Ao lado de Jesus estava sentado um deles, a quem Jesus amava. Simão Pedro fez um sinal para esse discípulo e disse: pergunta-lhe a quem Ele está se referindo. Então esse discípulo inclinou-se para mais perto de Jesus e perguntou: quem é ele, Senhor?” (João 13.23-25)
Uma das enfermidades que mais prejuízo tem trazido para a Igreja do Senhor Jesus hoje é, sem dúvida, a falta de intimidade com o Mestre. A igreja tem se tornado distante daquele que é o seu cabeça: Jesus Cristo. É de fundamental importância que a igreja seja curada e tenha restaurada sua intimidade com Jesus.
O texto que lemos mostra, talvez, a cena mais importante de todo o capítulo, pois ela nos revela o clima de intimidade ente Jesus e os seus discípulos. Encontramos, pelo menos, duas lições preciosas que nos ajudam a encontrar a cura para nossa falta de intimidade com o Senhor Jesus:

  • A relação com Jesus não comporta medo e intimidação;
  • Quanto maior a nossa intimidade com Jesus, maior a visão da nossa realidade.

Vamos dar um mergulho mais profundo nestas duas lições.
Para que haja cura para nossa falta de intimidade com Jesus, é preciso entender que…
1. A relação com Jesus não comporta MEDO e INTIMIDAÇÃO
“Então esse discípulo inclinou-se para mais perto de Jesus…” (João 13.25a)
João estava pertinho de Jesus. Pela primeira vez é feita uma referência a ele como aquele a quem Jesus amava. Quando João recebe o sinal de Pedro para que perguntasse a Jesus sobre quem o trairia, diz-nos o texto que João encosta sua cabeça no peito de Jesus, inclinou-se para mais perto de Jesus. Esse gesto revela que João tinha acesso, não medo de Jesus, e que a presença de Jesus nem intimidava nem afastava os seus discípulos, porque numa relação íntima não pode haver espaço para medo ou intimidação.
O capítulo 21 de João retrata um momento depois da ressurreição. Pedro tinha negado a Jesus, Pedro tinha decepcionado Jesus, tinha frustrado e abandonado o Senhor. Mas Pedro não tinha medo de Jesus! Ele se lança ao mar e vai ao encontro do seu Senhor, vai para perto de Jesus! E vai porque naquela relação não havia espaço para medo e intimidação, mesmo quando o decepcionou, negou e o abandonou. Ainda assim, Pedro não abrigava medo no seu coração, pois conhecia suficientemente Jesus para se jogar rapidamente nas águas e ir ao seu encontro.
Isto nos ensina que não existe nenhuma situação que estejamos vivendo que seja forte o suficiente para nos tirar dos braços do Senhor Jesus! Não existe sentimentos de culpa, traumas de infância, bloqueios emocionais ou fissuras em nossa personalidade capaz de nos afastar dos braços do Senhor Jesus, pois na relação de intimidade nossa com Ele não há espaço para medo e nem para intimidação. Pelo contrário, há espaço para o perdão, para o derramamento da graça de Jesus, para a mão estendida, para o coração aberto e cheio de amor. É assim com o Senhor Jesus.
Nós rejeitamos aqueles que falham conosco. Nós paramos de falar com quem nos agride e até paramos de orar por aqueles que não concordam conosco. Mas não é assim na relação com Jesus! Aleluia! Ele quer intimidade conosco, mesmo quando nossas atitudes não correspondem às suas expectativas.
Intimidade com o Mestre é a prioridade do discípulo. É mais importante do que qualquer outra coisa! Até mesmo mais importante do que outras intimidades da vida. Prioridade é você estar perto, próximo de Jesus! Estar tão próximo a ponto de sentir a mesma coisa! Jesus não está interessado no que você tem ou no que você faz, mas no seu tempo e na sua atenção. Jesus está nos convidando neste dia para desenvolvermos uma intimidade com Ele na base do seu amor e da sua graça, e não na base do medo e da intimidação.
Para que haja cura para nossa falta de intimidade com Jesus, é preciso entender que…
2. Quanto maior a nossa INTIMIDADE com Jesus, maior a VISÃO da nossa REALIDADE
“Então esse discípulo inclinou-se para mais perto de Jesus…” (João 13.25a)
Só nos conhecemos de verdade depois de conhecermos Jesus de verdade! Só saberemos quem somos de verdade depois que alcançarmos intimidade com Jesus. Enquanto isso não acontece, enquanto nossa intimidade com Jesus for um engodo, for de fachada, enganamo-nos a nós mesmos e porque nos enganamos cometemos falhas terríveis, sofremos e fazer sofrer as pessoas que estão do nosso lado. Tudo porque não nos conhecemos e não nos conhecemos porque não conhecemos o Senhor Jesus.
Estou me referindo ao conhecimento íntimo. Não é saber quem é Jesus, mas andar com Jesus. Não é conhecer os versículos da Bíblia, mas ter intimidade, colocar a cabeça no peito de Jesus, ouvir as batidas do seu coração, sentir o pulsar da sua vida. Quando nos achegamos a Jesus, quando nosso ouvido vai chegando pelo do seu peito, quando nós o abraçamos, andamos com Ele e temos intimidade com Ele, nós experimentamos a vida de Cristo em nós.
Precisamos ser íntimos de Jesus, porque na realidade…

  • Somos CARENTES, porque somos INCOMPLETOS

“Eu tenho a certeza de que Deus, que começou a boa obra em vocês, continuará ajudando-os a crescer em sua graça até quando sua tarefa em vocês estiver finalmente terminada naquele dia quando Jesus Cristo voltar.” (Filipenses 1.6)
E é exatamente essa consciência do inacabado em nós que revela nossa condição de carentes. Somente os que reconhecem que são incompletos conseguem admitir que são necessitados.
Precisamos ser íntimos de Jesus, porque na realidade…

  • Somos INSEGUROS, porque somos FRÁGEIS

“Pois todos pecaram; todos fracassaram, e estão afastados da glória de Deus.” (Romanos 3.23)
Fragilidade aqui é no sentido espiritual. Tem a ver com a nossa pecaminosidade. Somos pecadores e é nessa natureza pecaminosa que reside nossa fragilidade. Quando queremos fazer o que é certo, o que fazemos? O errado. Quando sonhamos com a perfeição, o que conseguimos? A imperfeição. Brigamos para dar o melhor e qual o resultado? O pior.
Precisamos ser íntimos de Jesus, porque na realidade…

  • Somos DEPENDENTES, porque somos LIMITADOS

“Sim, Eu sou a videira; vocês são os ramos. Todo aquele que permanecer em mim, e Eu nele, esse produzirá muito fruto. Porque separados de mim vocês não podem fazer coisa alguma.” (João 15.5)
É esta limitação que nos faz dependentes de Deus! A bênção de sabermos que somos dependentes do Senhor Jesus, além de confirmar nossa limitação, produz em nós a segurança e a paz que alimenta de entusiasmo a nossa vida.
Conclusão:
A igreja de Cristo precisa buscar intimidade com o seu Senhor. No texto que lemos no início desta mensagem, João está com a cabeça no peito de Jesus! Diz a tradição que, quando João já bem velhinho exilado, ele ficava sentado no beiral do portão da casa e as pessoas passavam ali. Muitas não davam a mínima, mas outras diziam: Aquele é João. Ele andou com Jesus!
Quando somos curados da falta de intimidade com Jesus, tornamo-nos…
1. CONFIANTES, porque somos AMIGOS
“Eu já não os chamo de escravos, porque um escravo não sabe o que o seu senhor faz; agora vocês são meus amigos, e a prova é o fato de que Eu lhes disse tudo o que o Pai me disse.” (João 15.15)
Somos amigos de Jesus! Quando Jesus nos faz seus amigos, uma luz de esperança se acende em nossa alma e a fé brota em nosso coração! Somos amigos, não porque merecemos, mas porque fomos feitos amigos e por sermos amigos, somos confiantes!
Quando somos curados da falta de intimidade com Jesus, tornamo-nos…
2. OBEDIENTES, porque somos SERVOS
“Será que vocês não compreendem que podem escolher seu próprio senhor? Podem escolher o pecado que leva a morte ou então a obediência que leva à justiça. Aquele a quem você mesmo se oferecer, este será o seu senhor, e você será escravo dele.” (Romanos 6.16)
O fato de sermos amigos não nos tira a condição de servos. E, sendo servos, só alcançamos prazer na obediência. O texto que lemos nos ensina que todo mundo é servo, mas nem todo mundo é servo do mesmo senhor.
Quando somos curados da falta de intimidade com Jesus, tornamo-nos…
3. FELIZES, porque somos SANTOS
“Felizes os que tem um coração puro, porque verão a Deus.” (Mateus 5.8)
Nossa felicidade emana da nossa santidade. Não depende de comida ou de bebida, não depende se andamos a pé ou de carro, se moramos em um casebre ou no palácio, nem marca da roupa que vestimos. A nossa felicidade brota da nossa santidade.
Avalie a importância de cultivar dia a dia um relacionamento bem achegado com o Senhor Jesus. As riquezas e bênçãos que nos aguardam na intimidade com Jesus são de impacto imprevisível e de repercussão imensurável.

 

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