Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Entrando em Campo para Sarar o Ciclo de Feridas na Família (22/06/2014 – noite)

ENTRANDO EM CAMPO PARA SARAR O CICLO DE FERIDAS NA FAMÍLIA
mensagem pregada pelo Pr. Fernando Sanchez
Texto Bíblico: Provérbios 30:11-14
O texto da Bíblia começa falando das gerações de Agur. São mencionadas quatro gerações Jaque, Agur, Etiel e Ucal. Quando o texto explica melhor as gerações nos mostra um ciclo com um significado muito forte, que define as características das gerações.
“Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe. Há uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi lavada da sua imundícia. Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima. Há uma geração cujos dentes são espadas e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens.” (Provérbios 30:11-14)
A propagação das feridas. Os estágios das feridas. As feridas da alma são o lugar propício para a manifestação de demônios. As feridas abertas são brechas abertas para todo tipo de perseguições. Feridas perpetuam fortalezas mentais ou casas feitas por pensamentos. Pessoas que ficam aprisionadas a uma série de feridas.
Uma pessoa, por exemplo, que desenvolveu uma fortaleza metal de inferioridade isso é resultado de uma ferida que é ainda presente na vida da pessoa. Uma fortaleza é quando você tem um pensamento que você sabe ser contra a vontade de Deus, mas você não consegue se desprender deste pensamento.
1º Estágio – Processo da Abertura da Ferida – REBELIÃO
“Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe.” (Provérbios 30:11)
O jugo das rejeições familiares e as decepções com os modelos de autoridade mais significativos da vida. Filhos sendo profundamente decepcionados pela autoridade, pelos pais. Cada vez que uma carga de rejeição é correspondida com uma carga de rebelião, abre-se uma ferida.
• Temos a seguinte equação REJEIÇÃO – PERDÃO = REBELIÃO.
Cada vez que você falha em perdoar diante de uma rejeição você vai se rebelar. Dai vem o conceito e um comportamento marcado por rebelião.
• Outra equação é REJEIÇÃO + REBELIÃO = FERIDAS ABERTAS
Quando nos correspondemos à rejeição com rebelião isto quer dizer que feridas estão sendo formadas em nossas vidas, em nossa alma, em nossas emoções.
1ª Geração – Esta geração fala da falha da paternidade e isto pode se tornar um processo interminável. Esta geração é denunciada através de uma epidemia de família desintegrada atualmente.
O que leva um filho a amaldiçoar o seu pai e sua mãe? O que leva um filho a ter ódio de morte em relação aos seus filhos? São as falhas na paternidade. Tudo começa com o fútil legado dos pais criando uma brecha na forma de pensar entre pais e filhos. A brecha entre as gerações é que os pais não falam mais a linguagem dos filhos e os filhos não querem mais ouvir os pais, eles começam a fazer exatamente o oposto do que os pais querem e dos princípios que eles têm.
Por quê? Por causa do abandono, rejeição, correção injusta, desrespeito, desprezo e tantas outras coisas. Eles constroem um perfil que vê a autoridade como uma ameaça. Quando filhos vivem assim diante de qualquer autoridade eles se armam.
A rebelião é um pedido de amor, de atenção, porque há carência afetiva. A estratégia mais eficiente com estas pessoas é quebrar o espírito de rebelião, agindo em amor, estabelecendo referências de amor e confrontação, carinho e limites, ternura e firmeza.
O efeito colateral da rejeição é a carência. A carência afetiva distorce a personalidade, produzindo déficit de autoestima, ausência de frutificação e insatisfação crônica. A carência destrói a visão da vida. Demônios roubam a perspectiva de vida e fazem falir os projetos.
2º Estágio – Espiritualização da ferida – CEGUEIRA ESPIRITUAL
“Há uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi lavada da sua imundícia.” (Probérbios 30:12)
O que faz uma pessoa se sentir pura quando ainda está imunda? Isto fala da religiosidade. Em vez de resolver as nossas feridas, acabamos espiritualizando as feridas, pois é mais fácil.
Esta é a sutil e sinistra capacidade de disfarçar a verdade íntima e busca de reconhecimento. Aqui nos temos a dor do orgulho ferido implícito. Começamos a espiritualizar as feridas por causa da idolatria da nossa imagem.
A religiosidade não passa de uma maquiagem para espiritualizar nossas feridas abertas.
Quando espiritualizamos demais a nossa vida, muitas vezes é um sinal de que algo em nossa vida não está bem, é sinal de que existe derrota, fracasso, que não queremos compartilhar com outras pessoas, e não queremos que os outros saibam.
Quando nós agimos nessa forma, isto dificulta e retarda o processo de cura em nossas vidas. Uma ferida que não foi tratada, purificada, limpa, remediada, a tendência é infeccionar, fica pior.
2ª Geração – Fala de cegueira espiritual e religiosidade. Estas duas coisas andam sempre juntas. O que faria uma pessoa que vive na imundícia se achar pura? O espírito de religiosidade. Pessoas que não querem profundidade ficam escravizadas à religiosidade. As feridas prendem as pessoas à religiosidade. Há, pelo menos, três posturas em relação as suas feridas:

  • Você reconhecer suas feridas e aceitar o tratamento de Deus.
  • A pessoa torna-se um espinheiro. Uma bomba relógio. Aquela pessoa que distribui feridas para tudo quando é pessoa.
  • A pessoa torna-se lustrosa, polidamente religiosa. Pessoa por dentro consumida pelo seu ego. Idolatrando suas necessidades, lambendo suas feridas, aquela pessoa que se recente com qualquer coisa, a famosa casquinha de ferida, mas ela faz questão de sempre manter e projetar uma imagem de que esta tudo muito bem.

Pessoas carentes vão unir a religião com a imoralidade. À medida que a religiosidade vai abafando a nossa comunhão com Deus a tendência é perder terreno e voltar para pecados do passado. Quando acompanhamos muitos fracassos nas áreas sexuais, observamos sempre feridas abertas e não tratadas. A equação é quase sempre diante de um déficit de amor: compensar com um crédito de concupiscência.
3º Estágio – Compensação da ferida – COMPETIÇÃO E ORGULHO
“Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima.” (Provérbios 30:13)
Aqui é a dor do orgulho ferido explicita, não é mais disfarçada. É clara. É uma postura arrogante, competitiva, que tenta contrabalançar a insegurança interna. Feridas emocionais podem ser uma poderosa fonte de inspiração de trabalho, mas o espírito é errado, distorcido e movido por sentimentos e motivações nocivas.
3ª Geração – Orgulho e competição estão representados na epidemia das igrejas divididas. Cada um começa a pensar que predileto, superior, dono do mover de Deus, dono de toda a verdade, salvador do mundo, detentor de uma doutrina perfeita, alguns até pensam que tem tanta luz que vão cegar os outros.
Superioridade e inferioridade são os dois extremos da mesma vara. Essa é a lei da compensação de uma ferida. Soberba nada mais é do que a casca de uma ferida. Do orgulho vem muitas decepções. A soberba precede a queda. A consequência é sempre a divisão.
Posições passam a ser mais importantes que funções. O poder passa a ser mais importante que a autoridade. O carisma passa a ser mais importante que o caráter. Uma posição pode lhe dar poder, mas a autoridade vem do caráter.
“Três coisas fazem tremer a terra, e quatro ela não pode suportar: o escravo que se torna rei, o insensato farto de comida, a mulher desprezada que por fim se casa, e a escrava que toma o lugar de sua senhora.” (Provérbios 30:21,23)
4º Estágio – Propagação da ferida – REJEIÇÃO E MALIDICÊNCIA
“Há uma geração cujos dentes são espadas e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens.” (Provérbios 30:14)
É uma linguagem forte para descrever a boca como uma terrível arma de destruição. Mostra como a boca e suas palavras de maldições podem devorar e destruir a vida de muita gente.
Esse é o processo da propagação da ferida; esse é o processo contagioso. O processo anterior era um processo infeccioso, agora aqui é um processo contagioso.
Um espírito crítico e agressivo escraviza a forma de reagir. Então aqui o ciclo se fecha podendo perpetuar-se. A amargura é potencialmente contagiosa. Com a mesma arma que fomos feridos, passamos a ferir os outros e propagamos a iniquidade.
4ª Geração – Sepulcro aberto, espirito de morte, é a boca de uma pessoa como instrumento do Diabo. Sua arma é a maledicência e a critica. As flechas são atiradas da própria boca das pessoas. Imoralidade e violência andam juntas.

Rolar para o topo