Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Filadélfia – A Igreja Modelo

CARTAS ÀS IGREJAS DO APOCALIPSE – 06|07
CARTA À IGREJA EM FILADÉLFIA | A IGREJA MODELO
mensagem pregada pela Pra. Tatiana Ramos
“Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir: Sei de tudo que você faz. Abri para você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome. Veja, obrigarei aqueles que pertencem à sinagoga de Satanás – os mentirosos que se dizem judeus, mas não são – a virem, prostrarem-se a seus pés e reconhecerem que amo você. Porque obedeceu à minha ordem para perseverar, eu o protegerei do grande tempo de provação que virá sobre todo o mundo para pôr à prova os habitantes da terra. Venho em breve. Apegue-se ao que você tem, para que ninguém tome sua coroa. O vitorioso se tornará coluna do templo de meu Deus, de onde jamais sairá. Escreverei nele o nome de meu Deus, e ele será cidadão da cidade de meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, da parte de meu Deus. E também escreverei nele o meu novo nome. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Apocalipse 3.7-13)
Com esta carta em mãos, o leitor rapidamente se convence de que aquela era uma igreja que o Senhor Jesus estava usando para o louvor de sua glória. Na verdade, ao longo da história do cristianismo, os tipos de igrejas que Deus tem usado mais frequentemente se encaixam no modelo Filadélfia.
Não há dúvida de que o desejo de todos nós e também daqueles que nos visitam e ouvem, é que o Senhor Deus olhe para nós e diga: “Eis aí uma igreja (uma pessoa) que eu posso usar para a minha glória, através de quem eu posso fazer irradiar o brilho da minha beleza”. Para tanto, teremos de, pela graça de Deus, nos encaixar no modelo Filadélfia.
Convido-os a fazer isso, examinando se nós nos encaixamos no modelo Filadélfia. Se estivermos encaixados no modelo, sigamos em frente com fé, esperança e amor. Do contrário, em vez de refazer o modelo ou buscar outros modelos, encaixemo-nos no modelo inspirado por Deus – Filadélfia: a igreja modelo.
Atentem-se comigo para algumas questões importantes quando se trata de observar e ou copiar algum modelo, especialmente quando estamos falando de igreja modelo: Quem é Jesus para essa igreja ou pessoa? Em que condições essa igreja ou pessoa vive? Quais são as crises que essa igreja ou pessoa enfrenta? Onde essa igreja ou pessoa encontra conforto? Como copiar essa igreja ou pessoa modelo?
A visão que um indivíduo ou uma instituição tem de Cristo e de sua Palavra é
determinante. Em momentos de crise ou de grande impasse é o que cremos sobre o Cristo das Escrituras que nos dá discernimento e força para seguir. Nossas motivações, ações e posturas precisam ser ditadas pelo Cristo que temos como Senhor sobre nossas vidas. Quando olhamos para a igreja em Filadélfia nós descobrimos quem era o Cristo em que criam. E precisamente por crerem assim mesmo nele, eles conseguiram ser uma igreja modelo. Quem era o Cristo de Filadélfia?
 Cristo é Deus SANTO
“Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é santo…” (v.7)
Ele é Deus separado, acima de tudo e de todos. Ele não peca. Ele não erra. Ele não se compromete com esquemas humanos. Ele não toma partidos. Cristo é Deus santo e separado, mas ele sabe o que sentimos, compadece-se de nós, sem, contudo, pecar. Cristo não age como um pecador. Cristo é Deus santo.
 Cristo é Deus VERDADEIRO
“Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é […] e verdadeiro…” (v.7)
Além de ser honesto, o termo significa que ele é real. Cristo não é mito nem mártir nem ilusão nem projeção da imaginação humana. Era neste Cristo “santo e verdadeiro” que os crentes de Filadélfia criam. E quem crê nesse Cristo santo (que tem compromisso apenas com sua glória e santidade) e verdadeiro (que é real e Senhor soberano) vive para servir de modelo. Note a ação de Cristo na vida da igreja:
“Escreva esta carta ao anjo da igreja em Filadélfia. Esta é a mensagem daquele que é santo e verdadeiro, que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir: Sei de tudo que você faz. Abri para você uma porta que ninguém pode fechar. Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome.” (v.7-8)
 Cristo age soberanamente nos CORAÇÕES e nas CIRCUNSTÂNCIAS
Ele é o dono da chave que abre e que fecha. O que ele abre ninguém fecha. O que ele fecha ninguém abre. É Deus que abre o coração das pessoas, como ele fez com Lídia, por exemplo. É ele que une o coração de um povo, como uniu Israel ao redor de Davi. É ele que dá e retira oportunidades para qualquer pessoa ou igreja.
 Cristo age onipresentemente, SONDANDO e SUSTENTANDO as nossas vidas
Ele conhece nossa estrutura, nosso limite, nossas motivações e nossas ações. Por isso que ele sabe a hora de abrir e de fechar portas diante de nós. Quem crê no Cristo dos crentes de Filadélfia – santo, verdadeiro, soberano, onipresente e sustentador – consegue viver para a glória de Deus, a ponto de se tornar modelo. Afinal, quanta gente crê num Cristo realmente assim?
Tendo enxergado a visão que a igreja em Filadélfia tinha de Cristo, vejamos agora a vida que eles levavam naquela cidade. Diferentemente da igreja morta viva em Sardes, a igreja modelo em Filadélfia era um santuário de vitalidade e de espiritualidade.
1. A Igreja modelo RECEBE os seus DESAFIOS
“Abri para você uma porta que ninguém pode fechar.” (v.8)
A porta aberta que ninguém podia fechar era a oportunidade que os crentes tinham de ministrar e de servir na cidade e a partir dela. A igreja naquela cidade estava cercada de muitas oportunidades. Portanto, cabia aos crentes recebê-las e aproveitá-las. As oportunidades missionárias eram gigantescas, muito maiores do que a pretensão de se propagar a língua e a filosofia gregas. Daquela localidade, cabia aos crentes irradiar o evangelho da glória e da graça de Deus em Jesus Cristo.
2. A Igreja modelo RECONHECE as suas LIMITAÇÕES
“Sei de tudo que você faz. […] Você tem pouca força,…” (v.8)
Deus, muitas vezes, parece ser contraditório. Veja só o caso da igreja em Filadélfia. O Senhor os planta em local estratégico, de enormes potenciais, com inúmeras portas de oportunidades escancaradas diante deles, mas sabe que eles têm pouca força. Quem faria uma coisa dessas? Só mesmo Deus, pois o poder dele se aperfeiçoa em nossa fraqueza para o louvor da glória dele. Quando o Senhor Jesus diz que sabia que eles tinham pouca força, ele não estava criticando. Ele estava fazendo uma constatação. A igreja em Filadélfia, além de pequena, quando comparada à população da cidade e ao fluxo enorme de pessoas que passavam por ela, era, também, composta de pessoas pobres e sem expressão social. Nada disso, porém, deveria detê-los diante das grandes oportunidades de evangelização. Eles deveriam se agarrar à graça soberana de Deus para executar a grande tarefa que Deus tinha colocado diante deles. Igrejas e pessoas modelo recebem oportunidades, reconhecem suas fraquezas e se refugiam na graça de Deus.
3. A Igreja modelo RESGUARDA a PALAVRA de Deus
“Você tem pouca força, mas ainda assim obedeceu à minha palavra e não negou meu nome.” (v.8)
A melhor forma de descrever essa igreja é: “fracos, mas fieis”. Muitas vezes o espírito de grandeza nos apequena diante de Deus. Quando nos vemos fortes e capazes é que perdemos força e condições. A igreja modelo tira proveito de sua fraqueza, refugiando-se na graça de Deus na hora de defender a Palavra de Deus. A igreja modelo resguarda a Palavra de Deus.
4. A Igreja modelo RESISTE às PRESSÕES
“Veja, obrigarei aqueles que pertencem à sinagoga de Satanás – os mentirosos que se dizem judeus, mas não são – a virem, prostrarem-se a seus pés e reconhecerem que amo você.” (v.9)
Aqueles crentes não negaram o nome de Cristo diante da grandeza do poder de gregos e romanos; nem debaixo da cruel perseguição dos judeus hostis. Encanto e escárnio são as duas principais armas de Satanás na tentativa de nos fazer negar o nome de Cristo. Filadélfia, porem, resistiu firme e não negou o nome de Jesus. A igreja modelo resiste às pressões.
Igreja e indivíduos, mesmo os mais fiéis, não estão isentos de crises. O Senhor os elogia pelo Cristo que eles professavam e pela condição como eles viviam, para encorajá-los diante das crises que eles atravessavam. E quais eram essas crises?
 A PERSEGUIÇÃO acirrada dos falsos crentes
“Veja, obrigarei aqueles que pertencem à sinagoga de Satanás – os mentirosos que se dizem judeus, mas não são – a virem, prostrarem-se a seus pés e reconhecerem que amo você.” (v.9)
Diante da crise da perseguição, Deus promete honrar os seus fieis.
 A PERSEVERANÇA colocada em xeque
“Porque obedeceu à minha ordem para perseverar,…” (v.10)
Diante da crise da perseverança, Deus promete sustentar os seus fieis.
 A PROTEÇÃO divina questionada
“Venho em breve. Apegue-se ao que você tem, para que ninguém tome sua coroa.” (v.11)
Diante da crise do medo, Deus assegura o seu cuidado sobre os seus fieis.
Conclusão:
Após revelar o Cristo da igreja em Filadélfia; descrever a condição daqueles crentes; e apontar as crises que eles enfrentavam; o Senhor apresenta o tipo de conforto que mantinha aquela igreja fazendo seus membros seguirem avante.
1. ESTIMA divina
“O vitorioso se tornará coluna do templo de meu Deus,…” (v.12)
Era costume na cidade de Filadélfia homenagear seus nobres e ilustres cidadãos com uma coluna erigida em seu nome nas localidades mais importantes da cidade. É provável que cristão algum jamais tenha tido tal reconhecimento. Mas, Deus lhes assegura que faria do vencedor uma coluna no santuário celestial. As chances de o mundo nos estimar são mínimas, mas aqueles que servem a Jesus o Pai os honrará.
2. ESTABILIDADE eterna
“O vitorioso se tornará coluna do templo de meu Deus, de onde jamais sairá.” (v.12)
Terremotos eram frequentes naquela região. Além de terremotos, a cidade era vítima constante das lavas de um grande vulcão. Quando entrava em erupção, suas lavas inundavam tudo que vinha pela frente, apagando histórias e memórias. Porém, aquele que serve ao Senhor jamais será esquecido pelo Pai.
3. ETERNIDADE garantida
“Escreverei nele o nome de meu Deus, e ele será cidadão da cidade de meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, da parte de meu Deus. E também escreverei nele o meu novo nome.” (v.12)
Eternidade. Essa é a promessa de Deus para aqueles que amam a sua vinda. O mundo, a maldade dos homens e as tragédias da vida podem até nos soterrar, nos destruir, nos abater, mas a graça de Deus promete vida eterna aos que creem no nome de Cristo Jesus.
4. ENCANTO renovado
“E também escreverei nele o meu novo nome.” (v.12)
No céu, na nova Jerusalém, no momento em que olharmos para Jesus, descobriremos que tudo de que o chamamos e tudo o que dele compreendemos ficaram desbotados diante da nova e encantadora realidade da presença face a face. Então, ele nos revelará seu novo nome, pelo qual o chamaremos na eternidade. O encanto será renovado. Filadélfia, a igreja modelo, ensina a mensagem que igrejas e indivíduos devem abraçar e anunciar, além de apontar a maneira como eles devem viver a vida cristã aqui e agora. Portanto, com a chave na mão, a porta diante dos olhos e a coluna no coração, sigamos com fé, esperança e amor.

 

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