Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

O Preço de Andar com Jesus (19/11/2015 – quinta)

O PREÇO DE ANDAR COM JESUS
mensagem pregada pelo Pr. Marcelo Coelho Fernandes
“Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse: quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: este homem começou a construir, mas não pôde terminar! Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz. Jesus terminou dizendo: assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem. O sal é uma coisa útil; mas, se perde o gosto, deixa de ser sal. É jogado fora, pois não serve mais nem para a terra nem para o monte de esterco. Se vocês têm ouvidos para ouvirem, então ouçam.” (Lucas 14.25-35)
Quando Jesus saiu da casa do fariseu, foi seguido por grandes multidões, mas não se impressionou com seu entusiasmo. Ele sabia que a maioria não estava nem um pouco interessada em firmar compromissos espirituais. Uns queriam apenas ver milagres, outros ficaram sabendo que Jesus alimentava os famintos, alguns esperavam que ele expulsasse o governo romano e estabelecesse o reino prometido de Davi. Outros ainda procuravam meios de prendê-lo e até matá-lo. Mas alguns dentre eles eram os que verdadeiramente desejavam viver um compromisso de fé e experimentar algo do evangelho que Jesus ensinava.
No entanto, o objetivo de Jesus não era ter uma multidão de apreciadores, mas, sim, verdadeiros discípulos. Por isso, ele pregou um sermão com o objetivo de confrontar a multidão pedindo uma decisão comprometida com o discipulado. Ele procurava no meio da multidão os verdadeiros discípulos, aqueles que estavam dispostos a pagar o preço de um compromisso com ele.
No texto que lemos, Jesus estabelece, então, o preço para alguém que deseja ser seu discípulo.
O preço de andar com Jesus exige…
1. Que Ele seja AMADO acima de TUDO e de TODOS.
“Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo.” (v.26)
A primeira condição para alguém que deseja ser um discípulo de Jesus é amá-lo acima de tudo e de todos. O que Jesus estava falando não era algo novo para um Judeu, pois ele sabia que amar a Deus sobre todas as coisas era o princípio fundamental da fé. O próprio Jesus afirmou que amar a Deus de todo o coração é o mais importante mandamento. Veja o que diz a Bíblia sobre isso:
“Um dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe: De todos os mandamentos, qual é o mais importante?… Respondeu Jesus: O mais importante é este: Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor… Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças.” (Marcos 12:28-30)
Desta forma, para ser discípulo de Jesus, servo de Deus nesta terra, você precisa amá-lo a ponto de colocá-lo como o primeiro em sua vida. Ele precisa estar acima de todos os outros amores do seu coração, acima de pai, mãe, irmão, mulher, filhos, pessoas significativas e coisas. No entanto, como isto funciona na prática?

  • Na prática, toda a vez que a vontade de Deus para sua vida entrar em rota de colisão com a vontade de seus queridos, então precisamos dar preferência ao Senhor, mesmo que isto redunde em perda para nós mesmos.
  • Na prática, se por causa de nossa fé nos vemos estimulados a negar a Cristo ou ser negados e despedidos por nossos familiares, como ocorria nos tempos do cristianismo primitivo e continua ocorrendo até hoje em muitos lugares, devemos optar por perder o afeto e a companhia deles, antes de perder o favor de Deus e a comunhão com Jesus.
  • Na prática, se você se envergonha de confessar a Cristo, ou de se posicionar nos valores cristãos pelo temor de ser criticado por um amigo, ou perder um cliente, então, certamente Jesus pensará que você ama mais o amigo ou o cliente do que ao seu Senhor que morreu por você na cruz.

Talvez seja esta a grande questão dos dias de hoje. Muitos não conseguem compreender os nossos valores e posicionamentos. Alguns nos acham radicais, e de fato somos, pois o preço do discipulado sempre foi e sempre será colocar Jesus em primeiro lugar e amá-lo sobre todas as coisas. Menos do que isto é ser parte da multidão de simpatizantes, mas nunca um discípulo de Jesus. Jesus lhe convida a ser seu discípulo, mas ser discípulo é construir com ele um pacto de amor que o coloque em primeiro lugar em sua vida.
O preço de andar com Jesus exige…
2. Que Ele seja SEGUIDO enquanto você CARREGA a sua CRUZ.
“Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar.” (v.27)
Numa outra versão, lemos o seguinte: “Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.” (v.27)
A segunda condição do discipulado cristão é o compromisso de seguir Jesus enquanto carrega a sua própria cruz. O que Jesus queria ensinar com esta expressão que é repetida várias vezes nos evangelhos? Talvez a maneira mais fácil de compreendê-la é afirmar que o discipulado é seguir a Jesus custe o que custar.
Da mesma maneira como Jesus foi obrigado a carregar a sua própria cruz para cumprir o projeto de amor morrendo por nós, se desejamos ser seus discípulos, precisamos estar dispostos a carregar a nossa própria cruz para segui-lo por toda a nossa vida. Assim tomar a cruz contrasta com o seguir. Por isso o preço do discipulado é o compromisso de seguir a Jesus independente das circunstâncias que vamos enfrentar.
Pode parecer estranho para alguns, mas o evangelho só chegou até nós porque discípulos do nosso Senhor assumiram integralmente o compromisso do discipulado.

  • Pedro foi crucificado de cabeça para baixo pelo simples fato de não negar o nosso Senhor; muitos cristãos foram queimados vivos em Roma como lamparinas da cidade; e até hoje muitos têm sofrido perseguição e morte por causa do compromisso com Jesus.

O alvo é seguir Jesus de perto! Não importa o quê, onde, quando, como e quanto tenhamos de dispor para isto. Foi por isso que Jesus afirmou: “… assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.” (v.33)
O verdadeiro discípulo segue Jesus custe o que custar, pois ele sabe para onde está indo e quem o está conduzindo. E você? Tem seguido Jesus? Ou o fato de carregar a cruz o tem desanimado nesta peregrinação de fé?
O preço de andar com Jesus exige…
3. Que você AVALIE e DECIDA se COMPROMETER com Ele.
A terceira condição do discipulado é expressa na forma de ilustrações que nos convocam a avaliar o custo do compromisso do discipulado e decidir se comprometer com Jesus. Isto porque seguir a Jesus é um compromisso de fé que pede de nós uma decisão. Não nos tornamos discípulos de Jesus simplesmente seguindo a multidão. Precisamos tomar uma decisão e nos comprometer, pois assumiremos o ônus da nossa decisão.

  • Avalie e Decida, pois o importante é ir até o FIM

“Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: este homem começou a construir, mas não pôde terminar!” (v.28-30)
A primeira ilustração nos ensina que em termos de discipulado cristão não podemos desistir da fé. Se você entrou na jornada de fé não a abandone no meio do caminho, pois se você abandonar no meio do caminho você será uma pedra de tropeço para os outros que estiverem tentando seguir a Jesus. Muitos crentes que abandonam a sua jornada de fé se tornam escândalo do evangelho.
Mas o objetivo do Senhor é que cada um nesta jornada se torne uma pedra viva do edifício de Deus, capaz de suportar os mais novos que vão sendo colocados sobre nós enquanto o templo de Deus esta sendo edificado. Que tipo de pedra você é? Se você entrou nesta jornada não desista; se você não entrou avalie o tipo de compromisso que você quer ter com Jesus, pois menos do que uma entrega total e absoluta é seguir com a multidão. Decida ser um verdadeiro discípulo de Jesus.

  • Avalie e Decida, pois o discipulado cristão é TUDO ou NADA.

“Se um rei que tem dez mil soldados vai partir para combater outro que vem contra ele com vinte mil, ele senta primeiro e vê se está bastante forte para enfrentar o outro. Se não fizer isso, acabará precisando mandar mensageiros ao outro rei, enquanto este ainda estiver longe, para combinar condições de paz. Jesus terminou dizendo: assim nenhum de vocês pode ser meu discípulo se não deixar tudo o que tem.” (v.31-33)
A ilustração nos coloca diante de uma guerra e de um inimigo. Não é possível entrar mais ou menos em uma batalha. Não é possível lutar um pouquinho e ir descansar o fim de semana em casa. Ou ganhamos, ou perdemos. Há muita gente que imagina que é possível viver a vida cristã como quem está em um passeio turístico, ou como quem assiste um filme, sentindo a emoção sem ter de enfrentar a batalha.
Vida cristã não é assim. Ou você é inteiro de Jesus ou você não tem parte com ele; ou ele é o Senhor da sua vida ou você já fez um acordo com o inimigo; ou você se torna um soldado de Jesus em meio aos enfrentamentos com o inimigo, ou você já se aliou a ele e nem sabia. Nesta batalha não há neutralidade, nem zona de conforto. É tudo ou nada! Ou ele é o Senhor ou você não tem parte com ele. A mesma multidão que o seguia para Jerusalém foi a que gritou: Crucifica-o! Nesta batalha não dá para ser meio crente, meio servo. Ou tudo ou nada, esta é a lição. Você tem que escolher, pois não existe neutralidade.

  • Avalie e Decida, pois no discipulado cristão somos ÚTEIS ou INÚTEIS.

“O sal é uma coisa útil; mas, se perde o gosto, deixa de ser sal. É jogado fora, pois não serve mais nem para a terra nem para o monte de esterco. Se vocês têm ouvidos para ouvirem, então ouçam.” (v.34-35)
A terceira ilustração nos ensina que em termos de discipulado cristão ou somos úteis ou somos completamente inúteis. A figura do sal é tremenda. Ela nos reporta aos seguintes aspectos:

  • A sede – se formos o sal da terra, provocaremos sede de Deus nas pessoas à nossa volta;
  • A purificação – Ele era usado como anti-séptico para a cura das feridas das pessoas – se formos o sal da terra estaremos levando a cura para as feridas da alma das pessoas;
  • Confere durabilidade ao alimento – se formos o sal da terra, abençoaremos o mundo impedindo que ele se deteriore nos seus valores, preservando a vida, a justiça e a família.

Só seremos este tipo de sal se o poder da palavra estiver em nós. Mas Jesus lança um tremendo contraste à figura do sal ao falar da sua completa inutilidade quando ele perde o seu sabor. Faz parte da natureza do sal que ele só pode ser utilizado para a finalidade que lhe é própria, caso contrário ele não serve para mais nada; nem como esterco para adubação ele serve.
O que Jesus queria deixar claro é que ou somos uma bênção, porque cumprimos a missão do Reino a que fomos designados, ou perdemos o sentido e significado de vida e missão. Sua vida só tem sentido se você cumprir a missão do Senhor. Sal sem sabor não presta para nada. O grande problema é que este mundo está cheio de gente que se chama cristão, mas é sal sem sabor: não tem vida, não tem testemunho, não tem compromisso, não tem missão, não tem poder e não tem Jesus.
Conclusão:
O preço de andar com Jesus exige…
1. Que Ele seja AMADO acima de TUDO e de TODOS
2. Que Ele seja SEGUIDO enquanto você CARREGA a sua CRUZ
3. Que você AVALIE e DECIDA se COMPROMETER com Ele

 

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