Igreja Batista Memorial em Jardim Catarina

Os Benefícios do Enchimento do Espírito Santo

OS BENEFÍCIOS DO ENCHIMENTO DO ESPÍRITO SANTO
mensagem pregada pelo Pr. Acyr Júnior
“Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor, dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.” (Efésios 5.18-21)
Seria impossível exagerar a importância que o Espírito Santo exerce em nossa vida: Paulo já falou, nesta mesma carta, que somos selados pelo Espírito e que não devemos entristecer o Espírito. Agora, ele ordena que sejamos cheios do Espírito.
É o Espírito Santo que nos convence que pecamos, quem opera em nós o novo nascimento, quem nos ilumina o coração para entendermos as Escrituras, quem nos consola e intercede por nós com gemidos inexprimíveis, quem nos batiza no corpo de Cristo, quem testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus e quem habita em nós.
Todavia, é possível ser nascido do Espírito, ser batizado com o Espírito, habitado pelo Espírito, selado pelo Espírito e, ainda assim, estar sem a plenitude do Espírito. Precisamos, também, ser cheios do Espírito Santo. Billy Graham disse o seguinte:

“Todos os cristãos devem ser cheios do Espírito. Qualquer coisa menos que isso é só parte do plano de Deus para nossa vida.”

Nos versos que lemos, Paulo começa fazendo uma determinada comparação entre a embriaguez e o enchimento do Espírito. E, sobre isso, vale a pena ressaltar três aspectos:

  • Paulo fala de uma SEMELHANÇA SUPERFICIAL

Quando uma pessoa está bêbada, dizemos que está sob a influência do álcool. Da mesma forma, um cristão cheio do Espírito está sob a influência e o poder do Espírito Santo.

  • Paulo fala de um CONSTRASTE PROFUNDO

Na embriaguez, o homem perde o controle de si mesmo; no enchimento do Espírito, ele ganha o controle de si, pois o domínio próprio é fruto do Espírito. A embriaguez tira do homem o autocontrole, a sabedoria, o entendimento, o julgamento, o equilíbrio e o poder para avaliar as coisas. O que o Espírito Santo faz é exatamente o oposto.

  • Paulo fala de um RESULTADO OPOSTO

O resultado da embriaguez é a dissolução. Pessoas bêbadas ficam descontroladas, perdem o pudor e a vergonha, trazem desgraças, lágrimas, pobreza e separação à família. A palavra no original usada para dissolução refere-se ao modo de vida dos moradores de Sodoma e Gomorra. O resultado do enchimento do Espírito Santo é totalmente diferente. Ele nos enobrece, enleva e eleva. O enchimento do Espírito torna-nos mais humildes, mais parecidos com Jesus.
A seguir, o apóstolo Paulo apresenta os benefícios do enchimento do Espírito Santo, os resultados práticos da plenitude desse Espírito na vida do cristão.
Primeiro Benefício – COMUNHÃO
“Falando entre si com salmos,…” (v.19a)
O crente cheio do Espírito Santo não vive resmungando, reclamando da sorte, criando intrigas, cheio de amargura, inveja e ressentimento. Sua comunicação é só de enlevo espiritual para a vida do irmão. O enchimento do Espírito é remédio de Deus para toda sorte de divisão na igreja. Na verdade, a falta de comunhão na igreja é carnalidade e infantilidade espiritual. Paulo, escrevendo aos crentes de Corinto, disse:
“Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?” (1ª Coríntios 3.1-3)
Um crente cheio do Espírito Santo promove comunhão, nunca divisão, separação e confusão. No culto público, o crente cheio do Espírito Santo edifica o irmão, sendo bênção em sua vida.
Segundo Benefício – ADORAÇÃO
“falando entre si com […] hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor.” (v.19b)
Aqui, o cântico não é entre vós, mas, sim, ao Senhor. Não é adoração fria, formal e sem entusiasmo. O crente cheio do Espírito Santo adora a Deus com entusiasmo e grande alegria. O crente cheio do Espírito Santo usa toda sua mente, emoção e vontade para adorar a Deus. Um culto vivo não é carnal nem morto. Não podemos confundir entusiasmo com barulho carnal nem com emocionalismo vazio. O culto verdadeiro, segundo a Bíblia, é em espírito e em verdade. É um culto cristocêntrico, alegre, reverente e vivo.
John Stott diz que, sem dúvida, os cristãos cheios do Espírito têm um cântico de alegria no coração, e o culto público cheio do Espírito é uma celebração de júbilo dos atos poderosos de Deus. Crente cheio do Espírito Santo promove adoração, nunca espetáculo. Existe verdade no culto que ele presta ao Senhor. Ele nunca barganha com Deus, mas o adora simplesmente por quem Ele é!
Terceiro Benefício – GRATIDÃO
“Dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” (v.20)
O crente cheio do Espírito Santo não está cheio de queixas, mas de gratidão. E, embora o texto diga que devemos sempre dar graças por tudo, é necessário interpretar corretamente esse verso. Não podemos dar graças por tudo, como pelo mal moral. O marido não deve dar graças a Deus pelo adultério da esposa; a esposa não deve dar graças a Deus pela embriaguez do marido; os pais não devem dar graças a Deus porque seus filhos foram para as drogas.
John Stott diz que o “tudo” pelo qual devemos dar graças a Deus deve ser qualificado pelo seu contexto, a saber, a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Nossas ações de graças devem ser por tudo que é consistente com a amorosa paternidade de Deus e com a revelação de si mesmo que nos concedeu em Jesus Cristo. Dar graças a Deus pelo mal moral é insensatez e blasfêmia.
Naturalmente, os filhos de Deus aprendem a não discutir com o Senhor nos momentos de sofrimento, mas, sim, a confiar nele e, na verdade, dar-lhe graças por sua amorosa providência mediante a qual ele pode fazer até mesmo o mal servir aos seus bons propósitos. Mas isso é louvar a Deus por ser Deus, e não o louvar pelo mal. Fazer isso seria reagir de modo insensível à dor das pessoas, seria desculpar e até encorajar o mal.
O crente cheio do Espírito Santo é grato a Deus por tudo em nome de Jesus Cristo. Ele entende perfeitamente que, independente das circunstâncias, Deus continua sendo Deus na sua vida.
Quarto Benefício – SUBMISSÃO
“Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.” (v.21)
Uma pessoa cheia do Espírito Santo não pode ser altiva, arrogante nem soberba. Os que são cheios do Espírito Santo têm o caráter de Cristo, são mansos e humildes de coração. Em Cristo, devemos ser submissos uns aos outros. Paulo viu os perigos do individualismo na comunidade cristã e censurou esse erro:
“Se por estarmos em Cristo, nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus.” (Filipenses 2.1-5)
Paulo sabia que o segredo de manter a comunhão de gozo na comunidade era a ordem e a disciplina que vem da submissão espontânea de uns aos outros. O ato de submeter-se é feito de maneira espontânea e voluntária. É uma atitude auto-imposta que surge da humildade e do abandono do egoísmo que existe em nós.
Submeter-se uns aos outros deve ser feito no “temor de Cristo”. Isto quer dizer que devemos nos submeter uns aos outros com a mesma sinceridade de coração com que nos submetemos a Cristo. A nossa submissão de uns para com os outros precisa estar sempre alinhada com nossa submissão a Deus.
Um crente cheio do Espírito Santo é submisso a Deus e, alinhado a essa submissão, é submisso aos outros. Ele é moldável, obediente, solidário e compassivo.
Conclusão:
O enchimento do Espírito Santo não é uma experiência de uma vez para sempre que nunca podemos perder, mas, sim, um privilégio que deve ser continuamente renovado pela submissão à vontade de Deus. Fomos selados de uma vez por todas, mas temos a necessidade diária de enchimento do Espírito Santo. E quais são os benefícios desse enchimento?

  • COMUNHÃO
  • ADORAÇÃO
  • GRATIDÃO
  • SUBMISSÃO

 

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